Líderes mundiais apelam a Israel que não retalie após ataque do Irã
Líderes mundiais apelaram a Israel que não retalie após o ataque com centenas de drones e mísseis que o Irã lançou contra alvos militares israelenses no fim de semana.
O ministro de Relações Exteriores do Reino Unido, David Cameron, disse à BBC nesta segunda-feira (15) que o governo britânico não apoia uma ação retaliatória, ao passo que o presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou que tentará “convencer Israel de que não deve responder com uma escalada” no conflito.
O chanceler alemão, Olaf Scholz, por sua vez, pediu que Israel que “contribua para inverter” a escalada da violência no Oriente Médio, durante visita à China. Scholz disse ainda que o Irã precisa “parar com a agressão”.
A ofensiva iraniana lançada no sábado (13), menos de duas semanas após um suposto ataque israelense matar dois generais iranianos no consulado do Irã na Síria, marcou a primeira vez que Teerã atacou Israel de forma direta, apesar de décadas de inimizade que remontam à Revolução Islâmica iraniana de 1979.
Segundo um porta-voz israelense, 99% dos drones e mísseis lançados pelo Irã foram interceptados.
Acusações de parte a parte
Israel e Irã acusaram um ao outro na ONU, nesse domingo (14), de ser a principal ameaça à paz no Oriente Médio, cada um instando o Conselho de Segurança a impor sanções contra seu inimigo declarado.
“A máscara caiu. O Irã, principal patrocinador global do terrorismo, expôs sua verdadeira face como desestabilizador da região e do mundo”, disse o embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, na reunião de emergência do Conselho convocada após o ataque sem precedentes com drones e mísseis de Teerã contra Israel.
A ofensiva de sábado foi o primeiro ataque direto do Irã contra Israel, com mais de 300 mísseis e drones. Doze pessoas ficaram feridas, segundo o governo israelense.
Com informações Correio do Povo*