Professores de universidades e institutos federais entram em greve nesta segunda

Os professores de universidades federais, centros de educação tecnológicas e institutos federais do país iniciaram uma greve nesta segunda-feira (15). A principal reivindicação é um reajuste salarial de 22%, dividido em três parcelas iguais de 7,06% — a primeira ainda para este ano e as outras para 2025 e 2026.

Professores de instituições federais entram em greve (ROVENA ROSA/AGÊNCIA BRASIL)

Segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições do Ensino Superior, o governo federal propôs um reajuste salarial zero, com aumentos apenas no auxílio alimentação, que passaria de R$ 658 para R$ 1000, no valor da assistência pré-escolar, de R$ 321,00 para R$ 484,90, além de 51% a mais no valor atual da saúde suplementar. A proposta foi rejeitada em uma reunião com a participação de 34 seções sindicais do setor.

Além do reajuste, os professores também estão buscando a revogação de uma portaria do Ministério da Educação que estabelece aumento da carga horária mínima de aulas e o controle de frequência por meio do ponto eletrônico para a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. A revogação do Novo Ensino Médio e da Base Nacional Comum para a Formação de Professores também estão em discussão.

O Comando Nacional de Greve será instalado hoje (15) às 14h30, em Brasília, e o movimento paredista participará de uma audiência pública na Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados às 16h para debater as mobilizações e paralisações das servidoras e dos servidores técnico-administrativos de universidades e institutos federais.

Na terça-feira (16), até o dia 18 de abril, o movimento dará início à Jornada de Luta “0% de reajuste não dá!”, convocada pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais. Está prevista ainda a realização de uma semana de atividades locais nas instituições entre 22 e 26 de abril.

O Ministério da Gestão informou em nota que, além de formalizar a proposta apresentada na última quinta-feira, também se comprometeu a abrir, até julho, todas as mesas de negociação específicas de carreiras solicitadas para tratar das demandas e produzir acordos positivos aos servidores.