Ambulatório de Saúde Integral LGBTQIA+ está saindo do papel

Atendendo ao convite da coordenadora de Políticas Estratégicas da Secretaria Municipal de Saúde, enfermeira Valéria Araújo, o presidente da Comissão de Diversidade da OAB-MOC (Ordem dos Advogados do Brasil/Subseção Montes Claros) e representantes do MGG (Movimento LGBTQIA+ dos Gerais), da Associação Arco-íris do Amor e da Aliança Nacional LGBTQIA+ de Montes Claros, além do Conselho da Igualdade Racial, participaram de uma reunião para definir os fluxos e protocolos do Ambulatório de Saúde Integral LGBTQIA+ que será criado em Montes Claros, atendendo proposta da CIB-SUS (Comissão Intergestores Bipartite do Sistema Único de Saúde).
Samuel Victor, médico de Família que se dispôs para os atendimentos no ambulatório, reiterou a importância da criação da unidade para a oferta de informações e cuidados para a população trans e não-binária, que historicamente sofre com preconceitos nos atendimentos de saúde.

Ele explicou que o ambulatório será um espaço da Atenção Primária em Saúde focado na integralidade do cuidado, em alinhamento com as necessidades específicas desta população. Servirá como um centro de referência para a Rede Municipal de Saúde no atendimento à população trans, além de ser um local de formação continuada para diversas especialidades em saúde.

Os participantes da reunião trouxeram propostas de protocolos de atendimento que poderão ser aplicados para ampliar a eficiência do ambulatório, que já está com a implementação em andamento. O médico respondeu as dúvidas dos presentes.

Para o presidente do MGG, José Cândido de Souza Filho, o Candinho, a implantação do ambulatório atende a uma exigência legal, mas “sobretudo demonstra de forma inequívoca o cuidado que a Administração tem com todas as pessoas”. Ele colocou à disposição do futuro ambulatório a expertise da equipe técnica do MGG, que há mais de 20 anos trabalha na garantia dos direitos desta população.